sábado, 4 de dezembro de 2010

Porque era tão difícil....

...Deixar aquela conchinha pra trás???
Ainda era pequeno demais pra entender, que as coisas bonitas que encontramos é assim mesmo, olhamos, apreciamos e vamos, sem mais nem menos...
A mamãe dele disse que as conchas vinham do mar mas que ele não poderia levar aquela concha pra casa, pois estava calcificada na rocha.... calcificada, ele pensou, o que é isso? Deixa pra lá...... ele não poderia levar pra casa... não poderia ficar com ela, isso doeu... Porque a conchinha não queria ser dele?? Tinha um quarto com televisão e muitos brinquedos pra ela brincar ... Ela era tão linda, mas tão linda que ir embora e deixá-la ali doía, ele tinha certeza que tinha uma pérola dentro dela,mas, ela não queria sair da pedra, parecia estar brava com ele, ela não gostava dele??? Mas ele só queria ser amigo dela, seriam confidentes, fariam colares junto, laços... Ela estava grudada com alguma super-cola e não queria sair....
Sua mãe veio até ele então e mostrou o mar e como a areia estava cheia de conchas coloridas, bonitas e que alguma delas deveria ter uma pérola bem bonita pra ele, mas ele não ouviu e começou a chorar , não era uma concha era "A" Concha. Não queria substituí-la. Viu a mãe recolhendo seus brinquedos e então sussurrou "Eu já sei o que fazer, mas preciso que você venha comigo, preciso que você queira vir comigo" . Mas mesmo assim estava irredutível... Sua mãe o chamou, sentiu o peso da despedida e disse:
"Eu volto pra te buscar, lis"

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Porque vc está fugindo de mim???

_Eu não estou fugindo de você.
_Não? Então porque não atende aos meus telefonemas?Porque desvia quando me vê vindo na sua direção? O que eu fiz pra você?
_Não fez nada. Você tá ficando paranóica sem sentido Ana Maria.Eu não atendi porque estava ocupado com umas coisas e não me lembro de ter visto vc pelos corredores.
Sua mão suava, o momento chegara, ele teria que dar explicações a Ana Maria, explicações complicadas pra ele e pra até então , sua melhor amiga...
_Hei, aconteceu algo que vc não quer me contar??? Poxa! você sabe que pode contar comigo pra tudo... o que foi é problema com o namorado???
Mais essa! A última coisa que ele queria era lembrar do namorado, do homem com quem ele dividia sonhos no mesmo travisseiro, o homem que ele amava...
_Não tem nada a ver com o Fred... é comigo, ando um pouco confuso, alguns problemas, nada de mais Aninha...
_Mas me fala, deixa que eu resolverei se é ou não algo demais...
_Ana, é complicado até pra mim meu anjo... Por favor, não me force a falar, nem eu mesmo sei direito o que se passa aqui... dói tanto...
_Nossa! Agora eu estou preocupada com você, por favor, me deixa saber, eu posso ajudar você.
_Eu estou me apaixonando por outra pessoa....
_Ai.... Mas e o Fred?? Poxa, vocês ja estão a anos juntos, ja moram juntos, isso não tá certo.
_Eu sei, me perdoa Ana Maria. Me perdoa, eu não queria, eu não sei (começou a chorar, ele estava confuso e se sentia jogado contra a parede, sabia que era gay, mas e essa vontade de abraçar Ana Maria?)
_Meu Deus! É por mim?É por mim que você está apaixonado? Hahaha Calma, não é paixão, é afeto, vc tem afeto por mim, carinho, somos amigos a muito tempo, é só isso meu amor, fica tranquilo.
Levantou-se, deu-lhe um beijo afetuoso no rosto, foi embora, deixando-lhe a dor das palavras macias e jogadas tão displicentemente sobre seu eu desconhecido.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Seu GTR vermelho......

.... Era a única companhia fiel que tinha... Quantas mortes ele jah não presenciara? Calado, rápido, belo...
Aquele seria apenas mais um , precisava de um novo modo de passar o tempo, os assassinatos jah estavam perdendo a graça... No banco do GTR um menino, 18 anos, moreno, forte, bonito Um típico garoto de programa Carioca, o veneno jah havia agido naquele belo corpo, fazendo com que ele ainda estivesse quente mas sem vida (belo). Levou-o para o seu covil, seu parque de diversões particular, um barracão abandonado, fora da cidade onde apenas se via o que os faróis iluminavam, fora isso a escuridão lambia saborosamente o lugar.... Ao abrir o portão (seu corpo tremia excitada)
Foi recebida pelo cheiro de inúmeros corpos putrefados (cheiro esse que repugnaria qualquer um... qualquer um menos ela) Como dizia para si mesma "Odor de almas esquecidas"... Como se lhe dissessem " Seja bem vinda ao lar". Colocou o menino ali mesmo, na entrada ( sua excitação aumentava a cada segundo) retirou-lhe toda a roupa e riu, era perfeito, sem nenhuma marca... Seria um prazer brincar naquele corpo... Com a sua caixinha de ferramentas fez com que o sangue (ainda morno) Brotasse da pele dourada criando um contraste abusadamente hipnotizador ao seus olhos... O sangue que ao entrar em contato com sua mão  causou um frenesi inesperado... Cada viscera que retirava dele, cada órgão, Cada corte a inebriava... Até que... Até que acabou, como um orgasmo interrompido, simplesmente acabou... Levantou-se, sentou-se em uma poltrona puída, bebeu um pouco de água quente e velha e partiu para a segunda parte, carregar os restos do que fora um garoto de 18 anos em sacos pretos e joga-lo em uma pilha de outros sacos pretos em uma ante sala... Sentiu-se generosa, mais comida para os ratos baratas e vermes que viviam ali.... Ela estava pronta para ir pra casa, preparar o Jantar para seu marido e seus filhos.... Ela estava em paz

terça-feira, 17 de agosto de 2010

E Ainda Querem que Eu Acredite que Eles se Importam....

Acabei de chegar da facul. Tivemos uma palestra sobre ecodesenvolviento e a Agenda 21. O palestrante senhor Renato Quintino levantou questões importantíssimas (sim, não nego) porém obsoletas, pq meu amor em pleno ano de 2010, vendo o Paquistão inundar, a Europa parecendo Copacabana e o Sul do Brasil nevando da forma como está, vendo tanta catástrofe acontecer, tantas situações extremas, se não soubermos o motivo e como parar, PELO AMOR DE TUPÃ, não dá. Reuniões para discutir o aquecimento global estão super na moda, é chique. Lembro-me de uma passagem onde uma amiga iria jantar na casa do namorado que, digamos, era de uma classe social um pouco acima da dela. Minha amiga um pouco desesperada( normal, já que iria conhecer a sogra) perguntou a mãe o que falar, mostrando o seu medo de falar besteiras. A mãe por sua vez (uma figura fantástica) respondeu o seguinte:
__ "Minha filha, simples. Se alguém vier falar algo vc diz que acha que o que estão fazendo com a Amazônia é um absurdo e que se preocupa muito com o aquecimento global. Falar de desenvolvimento sustentável é chic."

A Agenda 21 é louvável, mas NÃO é lei. Hoje ouvi que educação ambiental no ensino básico é lei mas que a lei "não pegou". COMO ASSIM???? OI???? A lei não pegou porque simplesmente não a fizeram pegar, porque se quisessem (aí está o "X" da questão meus queridos) ela estaria em vigor e a todo vapor. O meu lixo polui? claro que polui, mas não é o meu lixo separado que vai mudar o mundo. Aí vc me fala:
__ Mas se cada um fizer a sua parte, podemos reverter a situação do planeta.
A minha resposta?
MENTIRA, UTOPIA, BALELA, PALHAÇADA, PENSAMENTO ALIENADO, PENSAMENTO IMPLANTADO.
E o que fazer então com o lixo de metalúrgicas? Siderúrgicas? Com os gases poluentes que são vomitados no ar por empresas que nem se importam com isso?
Realmente. O que fizemos hj foi lindo. A prefeita estava uma barbie de porcelana no seu terninho preto ( de porcelana mesmo até MUDA estava) linda sendo aplaudida pela sua capacidade de trazer o projeto, de implantar o projeto, projeto, projeto. EU QUERO RESULTADO.
Projeto por projeto, estão desrespeitando a lei a metros da minha faculdade, temos uma APP na região que por lei deveria ser protegida. Contruções no local a no mínimo 30 m de distânci, jah tem casa a menos de 10 m. Sabe qual o resultado? Vai assorear e a água desse ribeirão abastece a cidade. CADÊ A AGENDA 21? Ou ela não sabe? Agora, o que é pior? Saber dessa situação e mesmo assim deixar acontecer, OU, não saber de um crime ambiental acontecendo a cm dela??? Eu estou muito chocada e chateada. Fica aqui a minha indignação. E ainda por cima, um ser alienado vem me perguntar o que eu havia feito hoje pela Agenda 21. Num tom hipócrita. A QUESTÃO É QUE NINGUÉM FAZ, NEM NA HORIZONTAL NEM NA VERTICAL. ONDE ESTÁ O GOVERNO? PORQUE NÃO É LEI? PORQUE NÃO CUMPREM?
NÃO FOI O QUE EU FIZ HOJE. É O QUE NÃO FAZEMOS DESDE 92.
A teoria todos sabemos, mas na prática hummm(desprezo).


entendam, nós cidadãos temos sim que fazer, sim que arregaçar as mangas e ir atrás de um mundo melhor, mas, apenas o governo pode fazer a Agenda 21, a Carta da Terra e outros "projetos" virarem leis e parar com essa poluição desenfreada das grandes indústrias. Agora é tentar reverter, mas saibam, não teremos mais que 68% de reversão, isso se trabalharmos muito e seriamente nessa causa, não serei utópica, não acredito na reversão total da situação.

Ai aqui fica meu desabafo. Sei que não passo de uma aluna de Geografia que fervilha idéias e que hj foi desrespeitada por um colega que nem mesmo da situação sabia. Mas comprometo-me comigo mesma a lutar pela causa. Hoje descobri a vertente que seguirei dentro do meu curso.
agora vou dormir que a palestra, o stress e aquele menino me tiraram do sério e minha cabeça vai explodir a qualquer momento.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não acomodar com o que Incomoda

Preciso ir. Ir embora de mim.
Preciso quebrar esse meu eu..... preciso me quebrar por inteira....
Me refazer, começar a construir o novo... o futuro....
Já banquei a mocinha rebelde e desvairada por um mês... Ótimo, já foi.
Vou buscar o amanhã por nós....
Só por nós dois, apenas por você.... Seremos juntos a família perfeita.
não preciso de mais ninguém, você me completa.... Saiba que não existia vida antes de você...
sejamos únicos então, até o momento em que você vai me deixar, porque você vai me deixar,
mesmo dizendo que eu sou a pessoa mais perfeita do mundo, a mais importante, você vai me deixar.

E eu o deixarei ir por amor....
Amor.... Obrigada por me mostrar o amor.... a me ensinar amar...
Vou retribuir por nós, por você.... meu amor eterno... minha vida....

Só por ti....

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os olhos...

Ela não sabia o porque aquilo estava acontecendo, nunca soubera de fato sobre nada, mas nunca havia incomodado. Até aquele momento.
Seu Corpo estava mudando, suas formas disformes, sua pele assumia outro tom...
TInha a sensação de que não a viam, de que não existia de fato... a tempos deixaram de responder-lhe as perguntas, mas seu corpo estava ali, imóvel, ela o via se desfazer em lascas podres... Porque? porque não conseguia acordar daquele maldito pesadelo? Qual era o seu nome? O que aconteceu na noite passada? Ou seria no mês passado? Ela não sabia ao certo, não podia se distanciar da única coisa que conhecia, o seu corpo (que sinceramente não se parecia nada com o que se lembrava) Se é que se lembrava de algo......

Essa situação precisa acabar, mas, quando? Como?

Será que acabará??? Os olhos jah não viam mais.....

domingo, 20 de junho de 2010

Blitzkrieg

Minha última batalha foi um fruto do meu ego...... pois como pude acreditar q em tão pouco tempo poderia encontrar a redenção de minha última guerra???? bom ainda não entendo como posso estar com saudades desse campo de batalha.... onde parecia tudo conspirar a meu favor.... mas com toda ironia tramada pelos deuses foi perdida....e mesmo com esse resultado desastroso estou feliz..... pois faz parte da lição.... mas nunca mudarei meus ideais por causa de meu inimigos... msm perdendo ou ganhando... não seria justo por um resultado ruim, abandonar minha nação, minha pátria, minha essência..... e mesmo ganhado ou perdendo sinto graça de meus adversários.....pois não sabem e nunca saberão degustar no calor do momento as dores e as alegrias q dividem comigo..... e se por acaso isso acontecer... imediatamente serão meus mais intimo aliados... e a guerra se tornara nossa paz....


Gen. Danilão


Todos os direitos reservados à Danilo Eulálio.
Um amigo muito querido..... E que quase sempre traduz o que sente.... Quase sempre traduz o que sinto...


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ad Extremum*...

Olhe pra mim agora.

Nem sempre fui assim como você vê.

Eu já errei demais.

Mas tudo bem

Eu sou aquela que mesmo que você não queira vai lutar, e por ironia dos Deuses vai conseguir.

Beijos não vão me alimentar, mas eu os darei para te consumir.

Pode demorar, pode até não vir. Mas espero.

Posso chorar para você sorrir. Mas espero.

Espero que monstros o assombrem a noite e o façam tremer

Que o frio lhe corte a pele de uma forma que faça doer.

Que você pense em me procurar e que a coragem suma.

Para que você procure outras, mas, pensando apenas em uma.

Eu sei

Sei seus medos, seus horrores, sua forma, seus valores, seus instintos

Seus amores. Conheço todos os lados dos seus planos amadores.

Pode negar, fugir, mas, fui eu que inventei você.


Ad Extremum: em latim> Até o Fim.


- esse poeminha nunca fez tanto sentido em toda minha vida, escrevi o a algum tempo, mas poderia ter sido nesse último mês.

direitos autorais reservados à Kamylla Rocha Belo.

À Porta que não se abriu.


Minha Porta não se abriu hoje.
Tentei de todas as formas mas ela estava ali, imóvel, como se fizesse só para me irritar.
Estava atrasada, precisava encontrar comigo mesma, precisava colocar em pauta algumas questões. Mas ela não abria. Pedi por favor, gritei, chorei, implorei, mas ela não me ouvia. Quando minha porta parou de me ouvir? Ela nunca ouviu? nunca ouviu minhas lamentações? Era apenas uma portra inerte? Inanimada? Eu que a inventei?

Minha decepção foi audível. Senti o gosto da minha descrença, o Cheiro de mel lilás e sol fora inventado por mim também, minha porta não passava de matéria inorgânica, era morta.
Os dias que passei contando meus segredos, recolhendo-me junto a ela, foram dias que passei sozinha e não percebi. A porta que era tão amiga
não era minha, era apenas uma porta.

Não pude entrar, não pude encontar comigo, tem uma parte minha presa dentro dessa porta, mas não vou busca-la... Não vou andar em círculos. Cansei-me de invenções. Cansei-me de portas.

Muito Obrigada à porta que não se abriu. Foi bom inventar você.
Foi bom brincar de amiguinha confidente.
Foi bom pensar que você se importava.
Mas foi-se.