terça-feira, 4 de setembro de 2018

Um portal se abriu durante a noite fria dentro de dois corpos em chamas.
Corpos que já haviam se tocado mas nunca haviam se permitido, não daquela forma, não até ali...
Limites e linhas foram reconfiguradas em mãos, saliva e gozo,olhos sorridentes e cheiro doce... Na floresta caminhamos entre abismos e caímos em alguns, na floresta fomos caça e caçador, no teu espaço-tempo sou rainha e escrava, no teu agora estou presente (mesmo que não devesse, mesmo sentindo que já deveria estar aqui a muito tempo).
Tempo, tempo que falta, tempo que gastei em outros portais pra ser capaz de abrir esse...de suportar a carga do teu Eu...Sou fraca diante de tudo isso, diante da tua soberania me sinto pequena e apenas me deito sobre teu peito na esperança de pertencer... no medo de não saber me deixar pertencer e ainda assim querer... 
Sua essência é arte, música e dança que poucos podem ouvir e perceber.
Seu caminho é longo e cheio de renúncias (e por mais que vc diga que eu deveria ser  uma delas, me perdoe, mas nunca fui o ideal) caminho esse q vc vem trilhando em oração e verbo e eu te amo por ser exatamente quem você é... E amo mais ainda por sentir quem você luta pra ser...amo sua permissão...amo sua coragem...amo sua determinação e disciplina...Admiro como se perdoa quando não atinge os objetivos que se impôs e admiro o dobro quando vc se doa 110% depois disso...essa sua capacidade de buscar novas saídas é Divina, sempre encontro Deus na sua essência (eu só não compreendia)
Eu sei que sou fraca mas nessas 3 horas você me permitiu ser mais forte.
Nós nos permitimos...
Sua força e medo fluíram pela minha tríade...eu etava enfim una diante da sua força pra ser Terra onde um anjo caiu... Eu achei q sabia mas nunca havia sentido e vivido nada igual... vc É o meu primeiro amor... amor esse que eu vou exercer em mim...Muito Obrigada pela honra.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Era tarde

... tarde da noite, tarde na alma, tarde pra mim... eu já estava no 12 copo de vodka, o maço de cigarros já não estava tão cheio... eu ali, sentada... batom vermelho desgastado,vida desgastada.... Já se sentiu assim? Não queira. O cheiro de desespero se mistura com a fumaça e só você pode senti-lo. Só você. É solitário... Minhas coxas desnudas brilhavam com a fraca luz, nunca havia reparado no quão branca sou,pálida, sem cor...sentia-me com poucos atrativos...
Descalcei-me,tentei levantar,mas minhas pernas sentiram o efeito do alcool e do tabaco,quase fui ao chão,mas uma mão me auxiliou... Olhei pra cima instintivamente,queria ver o rosto do estranho que me estendia uma mão com dedos longos e finos...Ele sorriu, e eu pateticamente sorri de volta... suas pernas quentes tocaram minhas coxas frias e me fizeram tremer, Seu nome? Jhonny... Um menino com olhos e corpo de homem... Mas um menino puro,vi isso em seus olhos...Sentou-se ao meu lado,contou-me um pouco de sua vida...Divertiu-me em várias linguas (não me entenda mal seu pervertido,não ainda) foi cortês...Descobri um eu (meu mesmo) perdido dentro daquele estranho que aos poucos se aproximava de mim... tomou-me o cigarro recém acendido da mão,pensei que tragaria mas para minha surpresa o jogou fora... Disse que eu não deveria me matar daquela forma (oh homem?! E não vês que já estou quase morta?) percebi que seu copo estava cheio...De água para minha total surpresa... Era vegetariano, não se drogava,não se embriagava... um homem que cheirava a sol... Aos poucos ele conseguiu minha permissão para retirar meus véus (assim como Isis uma vez permitira a um jovem Deus). Chamou-me para perto, mais perto.... Convidou-me a sentir uma respiração jovem, ofegamos juntos... Então perguntei o que um homem com cheiro de sol e orvalho fazia num lugar tão escuro e úmido como aquele...Lugar de pessoas cansadas e solitárias e ele confessou estar ali de passagem e que algo (não soube,nem eu soube explicar ) o fez estender a mão para mim... Puxou meu corpo pra junto do seu, lentamente abriu a boca e disse "Vem, vamos sair daqui juntos" seu hálito quente percorreu meu rosto, e então respirei.... Ele abaixou, pegou meus pés com cuidado, calçou-me sapatos vermelhos. Junto ao seu corpo saí daquele lugar... Respirando com pulmões que não estavam em mim (e sim nele) mas que de alguma forma eram meus também.....

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sei lá se o que me deu foi dado ou se é seu....

Hoje eu descobri que tenho formas... Tenho apenas formas ... A cores que as pintam são externas...vêem dos outros...
Hoje vi que meu eu é preto e branco. Sou de natureza solitária mas sei me doar ... como uma fênix. Rara por ser única, amável e prestativa, mas, pronta pra voar a qualquer momento. Redescobri pensamentos antigos escondidos em gavetas empoeiradas...Sim eu tenho valor, sim eu me cuidarei... Sim eu sou um tanto bem maior... em preto e branco mas existente... Serei colorida muitas vezes e cada vez com cores novas, de tons e matizes únicas... E guardarei cada cor que passou por mim na lembrança (no meu mural de cores lindas)... umas mais especiais que as outras... umas mais vivas... mas todas Minhas...
Me redescobrir... já me reinventei tantas vezes e nesse momento percebo que morrerei me reinventado "sou sempre a mesma mas jamais serei a mesma pra sempre".
Sou cansada por natureza, sou crítica, passional, sou errada e certa.. sou uma em um milhão... Sou minha.... E a vida segue porque como um rio esse é o curso natural das coisas... não podemos mudar a natureza.. não mudamos sua escência... minhas formas monocromáticas jamais serão mudadas... e Sinceramente... no olho do furacão eu consigo me amar e saber que por mais que me doa... eu ficarei bem... Natureza meu caro... Natureza

domingo, 10 de julho de 2011

Ao meio...

Porque somos tão egoístas? Porque não sabemos mentir? Porque tanta maldade?
Será que é isso que falta em mim?? Maldade? Sei que tenho em algum lugar aqui dentro mas a tempos esquecida, preciso acha-la. Alguém tem um potinho de maldade sobrando? Preciso dela. Preciso endurecer-me . Aprender a mentir sentimentos, aprender a mata-los. Deixar que a correria do dia a dia os sufoque, os destrua. Preciso adaptar-me. Ser fria, ser cruel, Sempre.
Essa merda de vida me cansa, Essa merda de hipocrisia me cansa. Se não posso com eles o jeito é me tornar uma hipócrita de merda.... Que seja então.. Ser uma mentirosa, hipócrita, assentimental, maldosa... Dentro dos padrões...ok queridos vcs venceram =) conseguiram me transformar em uma de vcs... Obrigada

domingo, 22 de maio de 2011

Sinto falta dos teus Olhos...

...me lambendo lentos e saborosos no silêncio que nossos
corpos gritam no meio da madrugada, quando se encostam, se encontram,
vestidos com a pele, o suor e os fluidos um do outro.
Sinto falta dos teus olhos

sábado, 4 de dezembro de 2010

Porque era tão difícil....

...Deixar aquela conchinha pra trás???
Ainda era pequeno demais pra entender, que as coisas bonitas que encontramos é assim mesmo, olhamos, apreciamos e vamos, sem mais nem menos...
A mamãe dele disse que as conchas vinham do mar mas que ele não poderia levar aquela concha pra casa, pois estava calcificada na rocha.... calcificada, ele pensou, o que é isso? Deixa pra lá...... ele não poderia levar pra casa... não poderia ficar com ela, isso doeu... Porque a conchinha não queria ser dele?? Tinha um quarto com televisão e muitos brinquedos pra ela brincar ... Ela era tão linda, mas tão linda que ir embora e deixá-la ali doía, ele tinha certeza que tinha uma pérola dentro dela,mas, ela não queria sair da pedra, parecia estar brava com ele, ela não gostava dele??? Mas ele só queria ser amigo dela, seriam confidentes, fariam colares junto, laços... Ela estava grudada com alguma super-cola e não queria sair....
Sua mãe veio até ele então e mostrou o mar e como a areia estava cheia de conchas coloridas, bonitas e que alguma delas deveria ter uma pérola bem bonita pra ele, mas ele não ouviu e começou a chorar , não era uma concha era "A" Concha. Não queria substituí-la. Viu a mãe recolhendo seus brinquedos e então sussurrou "Eu já sei o que fazer, mas preciso que você venha comigo, preciso que você queira vir comigo" . Mas mesmo assim estava irredutível... Sua mãe o chamou, sentiu o peso da despedida e disse:
"Eu volto pra te buscar, lis"

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Porque vc está fugindo de mim???

_Eu não estou fugindo de você.
_Não? Então porque não atende aos meus telefonemas?Porque desvia quando me vê vindo na sua direção? O que eu fiz pra você?
_Não fez nada. Você tá ficando paranóica sem sentido Ana Maria.Eu não atendi porque estava ocupado com umas coisas e não me lembro de ter visto vc pelos corredores.
Sua mão suava, o momento chegara, ele teria que dar explicações a Ana Maria, explicações complicadas pra ele e pra até então , sua melhor amiga...
_Hei, aconteceu algo que vc não quer me contar??? Poxa! você sabe que pode contar comigo pra tudo... o que foi é problema com o namorado???
Mais essa! A última coisa que ele queria era lembrar do namorado, do homem com quem ele dividia sonhos no mesmo travisseiro, o homem que ele amava...
_Não tem nada a ver com o Fred... é comigo, ando um pouco confuso, alguns problemas, nada de mais Aninha...
_Mas me fala, deixa que eu resolverei se é ou não algo demais...
_Ana, é complicado até pra mim meu anjo... Por favor, não me force a falar, nem eu mesmo sei direito o que se passa aqui... dói tanto...
_Nossa! Agora eu estou preocupada com você, porfavor, me deixa saber, eu posso ajudar você.
_Eu estou me apaixonando por outra pessoa....
_Ai.... Mas e o Fred?? Poxa, vocês ja estão a anos juntos, ja moram juntos, isso não tá certo.
_Eu sei, me perdoa Ana Maria. Me perdoa, eu não queria, eu não sei (começou a chorar, ele estava confuso e se sentia jogado contra a parede, sabia que era gay, mas e essa vontade de abraçar Ana Maria?)
_Meu Deus! É por mim?É por mim que você está apaixonado? Calma, não é paixão, é afeto, vc tem afeto por mim, carinho, somos amigos a muito tempo, é só isso meu amor, fica tranquilo.
Levantou-se, deu-lhe um beijo afetuoso no rosto, foi embora, deixando-lhe a dor das palavras macias e afetuosas jogadas tão displicentemente sobre seu eu desconhecido... Ador de ver o carinho dela... Foi embora e decidiu não vê-la nunca mais.